Para dar início, não é válido dizer que há diferença nutricional entre ovos de casca branca e os de casca vermelha/marrom, pois essa característica é obtida a partir da genética da galinha. Portanto, não é possível garantir que os ovos vermelhos são de galinhas caipiras.
Sobre a cor da gema: galinhas caipiras que tem uma alimentação enriquecida em carotenoides (pigmentantes da gema), botam ovos com gema de amarelo mais intenso, puxando para o vermelho. Já as galinhas de granja botam ovos mais claros, pois sua alimentação contém menos nutrientes com esse pigmento. Mas não deixe-se enganar: galinhas de granja podem ganhar até aditivos químicos para ter sua tonalidade da gema intensificada.
Ok, se não há diferença nutricional entre os ovos, por que o vermelho geralmente é vendido por um preço maior? A resposta é simples: o preço dos deles é determinado pelo mercado, já que eles são mais procurados pelos consumidores, que acreditam que os escuros têm mais vitaminas na gema.
Agora que sabemos que não há diferenças relacionadas às colorações, vamos entender as diferenças entre os ovos de granja, caipira e orgânicos.
Granja:
Esse tipo de ovo é produzido num esquema de produção industrial, em que as galinhas ficam confinadas e comem sem parar, sem sequer se mexer dentro da gaiola e tendo como único objetivo colocar ovos. Essas galinhas têm seus bicos cortados (debicagem). Além disso, recebem farinhas de origem animal que são basicamente subprodutos não comestíveis (restos) originários de bovinos, aves e peixes. Isso faz com que as galinhas fiquem mais suscetíveis a doenças, aumentando a necessidade do uso de antibióticos.
Caipira:
As galinhas que produzem esses ovos devem ser criadas fora de gaiolas, ciscando livremente. Elas os põem em ninhos cobertos, bem mais saudável do que em gaiolas apertadas. A alimentação nessas criações é toda de origem vegetal e sem pigmentação. Os animais não podem tomar remédios que estimulem o crescimento e nem antibióticos.
Orgânicos:
São produzidos por galinhas que recebem uma alimentação 100% orgânica, ou seja, sem agrotóxicos nem fertilizantes químicos. Não é permitido também usar remédios para crescimento e nem antibióticos. As galinhas são criadas em condições que prezam seu bem-estar e seu comportamento natural. É proibida a prática da debicagem e do confinamento em gaiolas. Estudos dizem que galinhas criadas assim, soltas, põem ovos com cerca de 4 vezes mais vitamina A do que os de granja. Para chamar seus ovos de “orgânicos”, o produtor precisa receber um certificado emitido por uma certificadora terceirizada, que segue parâmetros ditados pelo Ministério da Agricultura.
Portanto, uma maneira de continuar se alimentando de maneira saudável e não ser conivente com tal crueldade animal, é consumir ovos orgânicos, que são planejados da maneira mais natural possível. As galinhas têm livre acesso às pastagens, se alimentam somente de milho e soja orgânicos, tem liberdade para escolherem seus próprios ninhos e se adoecem raramente recebem antibióticos.
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Fontes: Site do Ovo, Zootecniagora.
