1. O que é o jejum intermitente?
Jejum intermitente é um método de emagrecimento que visa intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação. As dietas intermitentes se tornaram bastante populares nos últimos anos entre pessoas que desejam emagrecer sem renunciar por completo a alimentos calóricos.
Este tipo de jejum consiste em não comer alimentos sólidos entre 16 e 32 horas algumas vezes por semana de forma programada. O objetivo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura e com isso haja uma perda de massa gorda.
Segundo um estudo científico de 2016 da Universidade Johns Hopkins (EUA), esse padrão de alimentação pode ajudar na perda de peso de maneira moderada por ser mais sustentável para alguns pacientes do que outras dietas mais restritivas, embora diga que mais pesquisas são necessárias a respeito.
Este estilo de vida só é aconselhado para pessoas saudáveis e, ainda assim, é necessário o consentimento e apoio de um médico, enfermeiro ou profissional de saúde que tenha conhecimento deste tipo de jejum.
2. Por que o jejum intermitente ajuda a emagrecer?
Quando você acaba de se alimentar, o organismo começa a dar um destino para a energia absorvida em forma de glicose. Para tanto ele ativa a insulina, hormônio responsável por colocar esse açúcar para dentro das células. A energia que não será utilizada pelas células é armazenada pela insulina em forma de gordura.
Depois de um tempo, essa energia se esgota e o corpo é obrigado a usar essas reservas. Ele recorre tanto ao glicogênio, uma forma de energia armazenada nos músculos, quanto ao tecido adiposo (gordura), e neste momento ativa hormônios que atuam na quebra de gordura (lipólise), como o glucagon.
Ao seguir um método de jejum intermitente, o glucagon e outros hormônios que quebram gorduras ficam mais tempo atuando no organismo, o que facilita a perda de peso. Além disso, o jejum evita grandes picos de insulina o que pode prevenir a resistência à insulina, mas para isso é preciso tomar cuidado para não exagerar nos carboidratos ao retomar a alimentação.
3. Quais são as vantagens?
- Mais disposição;
- Clareza mental;
- Controle da glicemia e insulina;
- Acelera o metabolismo;
- Regula hormônios;
- Não favorece a flacidez;
- Elimina células defeituosas do corpo;
- Tem ação anti-envelhecimento;
- Prevenção de doenças cardíacas;
- Auxílio no emagrecimento;
- Aumento da praticidade e economia;
- Combate ao estresse oxidativo e à inflamação;
- Aumento da expectativa de vida.
4. Quais são as desvantagens?
- Dificuldade de adaptação: Algumas pessoas têm dificuldades em se adaptar a ficar longos períodos sem comer, principalmente as que têm uma dieta rica em carboidratos simples ou que sempre comem de três em três horas.
- Riscos quando feito sem acompanhamento: Pessoas que fazem os jejuns sem acompanhamento, ficam muito tempo sem comer e não se alimentam direito nas janelas podem ter desnutrição, desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular, dificuldades de concentração, entre outros.
- Tendência a compulsão: Por ficar muito tempo sem comer, algumas pessoas podem acabar descontando na próxima refeição, consumindo uma alta quantidade de calorias e desequilibrando a dieta e o organismo.
5. Quem não pode aderir?
- Não é recomendo para crianças, porque elas têm altas necessidades calóricas por estarem em fase de crescimento;
- Atletas de alta performance, uma vez que eles têm grandes necessidades calóricas e precisam ingerir mais calorias, proteínas e gorduras;
- Diabéticos. Por tomarem remédios que reduzem o índice de glicose, têm riscos de tontura e desmaio;
- Pessoas com histórico de anorexia ou bulimia;
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando.
Fontes: Exame, Minha Vida, Tua Saúde.